sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

KARATÉ

O Clube de Karaté do Grupo/Equipa do Desporto Escolar iniciou este ano o seu 3º ano de funcionamento.

Este ano a adesão está a ser muito boa. De momento o clube conta com 55 praticantes assíduos dos quais se destacam vários com um grande potencial de desenvolvimento.

O Karaté no meu início de prática, com 6 ou 7 ano no Colégio da Bonança em Vila Nova de Gaia era uma mera brincadeira. Com a minha viagem aos 8 anos para Macau, onde experimentei várias artes marciais como o Judo (pouco tempo) e o Kung Fu (uma aula), nunca explorei o Karaté como hoje acho que deveria ter feito. Pelos meus 15 ou 16 anos reiniciei novamente, e de forma séria os treinos de karaté. Naquela altura por motivos errados tais como a raiva e a vingança por ter sido espancado por pouco mais de 20 pessoas apenas por puro divertimento dessas. Naquela altura um colega meu chamado Albertino dos Anjos, foi a única pessoa que me tentou ajudar derrubando alguns dos indivíduos que me batiam, dentro do recinto da escola. Mas 20 e poucas pessoas são gente a mais e por isso a sessão de pancadaria, apenas com 1 sentido, prosseguiu com um segundo round. O resultado foi revolta e perante funcionários que assistiram impávidos e serenos, e uma direcção que não agiu por medo de represálias porque alguns dos indivíduos estavam envolvidos com Tríades, senti-me revoltado e resolvi voltar ao Karaté. Fui à rua do campo a uma loja chamada “Sonyeck sports”, comprei um fato de karaté da marca Diamond que me custou 150 patacas (15€) e fui treinar.

Felizmente tive bons professores de karaté e uma família que me deu apoio e orientação no caminho certo senão ter-me-ia tornado também num arruaceiro.

Cedo percebi que a raiva e o ódio são como uma pescadinha de rabo na boca, quanto mais se tenta acabar com este sentimento através da violência mais ele cresce dentro de nós e mais nos consome. Aprendi a perdoar e a canalizar as energias negativas provenientes da raiva e ódio para coisas mais positivas. Cedo estes sentimentos deixaram de ser a motivação para treinar. O que me levava a treinar era simplesmente o gosto, a paz que me trazia, o convívio, e a liderança do meu Mestre.

Por isso quando estiverem com raiva o primeiro passo para a eliminar é perdoar.