sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Clube de Voleibol do Externato de Penafirme - CVEP


O Voleibol é uma actividade desportiva que existe no Externato e começa a ganhar cada vez mais projecção. Este ano vamos ter equipas de infantis e iniciados de ambos os sexos. Vamos ter alguns jogos por período contra as seguintes escolas: Campelos, S.Gonçalo, Cadaval, Internacional e Freiria.

Vem Representar o Externato. Vem jogar Voleibol!

“A minha opinião sobre o Voleibol é que todas as pessoas devem experimentar porque é muito bom e divertido.”

Francisco Santos 7ºB

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Karaté

O Karaté praticado aqui na nossa escola faz parte do Desporto Escolar e é uma arte marcial de auto defesa que serve, como o nome indica, para uma pessoa se defender e não o contrário.

Aqui no Externato de Penafirme o Karaté é ensinado pelo Prof. Ricardo Ribeiro. É uma pessoa engraçada e divertida, mas também exigente.

No karaté a progressão é feita por cintos de diversas cores. Começa-se no branco, amarelo, laranja, verde, azul, vermelho, castanho e depois o preto. Os cintos abaixo do preto representam 9 Kyus (níveis de aprendizagem inicial). O cinto castanho é mantido durante 3 kyus seguindo-se o cinto preto. Este último é só um mas tem 10 níveis ou Dans.

O karaté aqui praticado no Externato é do estilo Goju Ryu (Escola da rigidez e da suavidade) e foi fundado em Okinawa por Chojun Miyagi em 1933, data em que foi oficialmente registado na Butoku-Kai (Associação Japonesa de Artes Marciais). Mas só em 1936 é que o Karaté passou a ter este nome. Até então chamava-se “TE” que significa mão. Okinawa é composto por 3 distritos sendo eles Naha, Shuri e Tomari. Naquela época as artes marciais tinham o nome das zonas onde eram praticadas como por exemplo o Naha-Te (mão de Naha), que o Mestre Chojun Miyagi ensinava por viver em Naha.

As artes marciais surgiram como forma de defesa e de preparação das pessoas para a Guerra ou forma das populações resistirem à opressão feita por governos tirânicos. Por exemplo o Kobudo surgiu em Okinawa e era praticado por pescadores e agricultores recorrendo aos utensílios que usavam para trabalhar e assim passavam despercebidos.

Toda a História na Ásia é cheia de Guerras contínuas entre vários povos. Nesta região do mundo surgiram artes marciais. Na Europa desenvolveram-se outras formas de luta como por exemplo o Boxe Francês, a Esgrima, etc. Na Europa utilizava-se mais o mosquete, a pistola de pólvora e a espada como arma de defesa, na Ásia não havia nada disto usando-se apenas as artes marciais. Foram os portugueses que introduziram a espingarda no Japão. Quando já toda a Europa usava canhões, pistolas e espingardas, os Japoneses ainda usavam espadas e arcos com flechas e outras armas cortantes, no entanto tinham excelentes tácticas guerreiras.

Finalizando, nós achamos que o Karaté é divertido, útil para várias coisas (desenvolve o corpo e ajuda a pacificar a mente) e muito interessante. Venham Experimentar.

Artigo por Ana Filipa, Patrícia Soares, Andrea Santos, Bruno David e Duarte Pinto – 7ºJ

Colaboração: Prof. Ricardo Ribeiro

Entrevista ao Prof. Ricardo

1 – Há quanto tempo é que o Sensei pratica karaté?

Bom, eu comecei a aprender karaté aos 6 ou 7 anos em Vila Nova de Gaia no Colégio da Bonança, mas pouco antes de fazer 9 anos fui para Macau e lá só o pratiquei de forma séria quando tinha 14 ou 15 anos. Ora, somando tudo já lá vão quase 20 anos.

2 – Em Média quantos alunos estão a praticar Karaté neste momento no Externato?

Bom, todos os anos passam muitos alunos pelo Clube, uns ficam e outros seguem para outras modalidades, mas pelo menos um dos objectivos é concretizado que é o de dar a experimentar aos alunos uma Arte Marcial. Mas respondendo à pergunta neste momento alunos assíduos são 33 e quando não há testes das diversas disciplinas a média por aula é de 18 a 20 alunos.

3 – O Sensei acha que os alunos gostam de Karaté?

Bom, há alunos que é mais do que óbvio que sim. Outros ainda estão a experimentar, não sabem se gostam, outros andam só porque os pais os obrigam. Muitos alunos com jeito passam pelo clube, mas só ficam aqueles que são persistentes e empenhados. Vocês até agora têm sido. (risos)

Alunos empenhados e persistentes, mesmo que tenham pouco jeito, são os que me interessam em termos de ensino do Karaté a longo prazo. Um aluno que comece no 5º ano tem pelo menos no Externato 5 anos de Karate até ao 9º ano. Se continuar tem mais 3 anos no Ensino Secundário ou num curso profissional. É mais do que tempo suficiente para saírem com o cinto preto através de um exame feito junto da Federação Japonesa de Karate Goju-Kai. É um exame na presença de um painel de examinadores Japoneses, Ingleses, Portugueses e de outros países. Poderão inclusive ser encaminhados a frequentar cursos de treinador para poderem ensinar também.

4 – Entre Kumite (luta) e Kata (movimentos coordenados que simulam uma luta) qual é o que prefere?

Quando era mais novo era o Kumite, sem dúvida. Mas agora posso dizer que é Kata. Sabem, dar socos e pontapés qualquer pessoa dá. Não exige tanta persistência e trabalho pessoal. Aprender a lutar é muito mais fácil. Uma pessoa instintivamente, para se defender, dá chutos e socos até não poder mais se se sentir em perigo, mesmo que não tenha nunca feito uma arte marcial. A arte marcial ou um desporto de combate vai é aprimorar esses movimentos e dar à pessoa controlo sobre o que está a fazer, ajudando a controlar os impulsos. Kata tem movimentos bem definidos que têm ritmos diversos, posturas diversas. Um kata não pode ser feito de qualquer forma, senão não estamos a aperfeiçoar movimentos, posturas, formas de respirar diferentes, formas de tensão muscular diferentes. Tudo isto vai melhorar a nossa performance numa luta. Kata exige muita repetição, concentração, persistência, perseverança, inicialmente memória, muito trabalho individual e de base. É uma boa forma de manter a forma física e de a desenvolver. Normalmente as raparigas gostam mais de Kata e os rapazes de Kumite.

Kata………dá mais trabalho! Por isso é que eu gosto. Aliás, num exame normalmente reprova-se mais por causa de kata do que kumite.

6 – Qual é o nome do seu Sensei?

O meu Sensei é Macaense, chama-se Mário Sales do Rosário e é 6º Dan. Há alguns anos atrás esteve aqui no Externato quando ainda tínhamos as aulas na sala polivalente onde agora estão as mesas de ténis de mesa. Ainda não havia Pavilhão.

Como tenho o meu Mestre em Macau e só estou com ele mais ou menos a cada dois anos é o Professor Abel Figueiredo, 5º Dan, que me orienta, também ele é meu Mestre. Ele mora em Viseu e também já aqui esteve na escola. É um dos professores que vos vai avaliar em Março se vierem comigo a Viseu para os exames da Associação de Karate de Viseu. Imaginem-se a fazer exame com Mais de 100 outros karatecas.




Mestre/ Mário e Prof. Ricardo Mestre Abel e Prof. Ricardo

Entrevista feita por Ana Filipa, Patrícia Soares, Andrea Santos, Bruno David e Duarte Pinto – 7ºJ